No desleixo da mesa tem rascunho de poesia,
tem esperança amassada,
cicatriz de alma fraturada,
um pedaço de bom-bril.
Tem batucada de samba.
Saudade, muita saudade.
Tem alguém que foi embora,
tem hora jogada fora,
copo de vinho vazio.
Calculadora,
um relógio que não pulsa mais,
os ratos do Dyonélio...
Quanta bagunça.
Nem vejo mais uma mesa.
Vejo silêncio e tristeza
esmagando um coração.
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